O policial militar Luis Fernando Palhano
Lopes, de 52 anos, foi preso nesta sexta-feira (8) suspeito de ter
matado a policial civil recém-formada Karla Silva de Sá Lopes, de 28 anos.
Segundo o delegado Vicente
Soares, o marido confessou o crime e deve responder por feminicídio e ocultação
de cadáver. Já o advogado do suspeito diz que ele nega.
O desaparecimento da mulher, foi relatado na quarta-feira (6) em Itapema, e foi
achada enterrada na praia de Taquaras, em Balneário Camboriú, na quinta (7).
Segundo a polícia, o marido teria dado um tiro na cabeça dela em casa, em
Itapema, após uma discussão na noite de terça (5). O casal estava junto há 10
anos.
"Todos os fatos apurados já indicavam
o crime de feminicídio praticado pelo marido, o que se confirmou com a
confissão do mesmo perante o capitão da Polícia Militar, tendo ainda indicado,
por meio do desenho de um mapa, o local em que teria enterrado a vítima",
disse o delegado.
“Ele teve um discurso bem decorado, sempre
usava as mesmas palavras, independente de como se fazia a pergunta. Também
estava bem evasivo nas respostas, não sabia precisar horários, onde estava.
Isso demostrava que ele não falava a verdade", completa Soares.
A confissão ocorreu quando o comandante da PM de Itapema
foi até a casa de Lopes prestar apoio por causa do desaparecimento.
“Em um determinado momento ele começou a
chorar e disse ‘fiz uma besteira mesmo, mas não vou me entregar, estou aqui com
a pistola, vou tirar minha vida. Vocês vão encontrar o corpo porque estou com o
mapa aqui no meu bolso, o senhor vai saber onde está’. ...”
A defesa afirma que não houve confissão.
"Ele reservou-se ao direito de permanecer em silêncio, por orientação
minha, e não houve confissão nenhuma", disse o advogado de Lopes, Luiz
Eduardo Righetto.
Na noite de quinta, o advogado disse
ao G1 que o policial prestou depoimento à
Polícia Civil e que entregou para a perícia a arma que usa profissionalmente.
A prisão preventiva aconteceu na noite de quinta, a
qual foi deferida. “O mandado foi cumprido na manhã desta sexta e o preso, por
ser PM da reserva, está preso no 12º Batalhão, em Balneário Camboriú",
informou o delegado.
A defesa ainda diz que vai tentar revogar a prisão
preventiva.
Segundo a Polícia Civil, o PM tinha registro de
violência doméstica. O advogado de Lopes diz que o histórico dele constava com
um registro de ameaça feito por uma ex-mulher e um de abuso de autoridade.
Karla não havia denunciado previamente ele.
Na quarta-feira, o marido disse que, naquela manhã,
a policial civil tinha saído de casa, em Itapema, para caminhar e que não foi
mais vista. Lopes foi quem notificou o desaparecimento à Polícia Civil.
O caso está sendo investigado pela Divisão de
Investigação Criminal de Balneário Camboriú.
Fonte: G1 Santa Catarina
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